SAUDADE NO TEMPO
Tenho o tempo em mim, na verdade de viver,
Essa alma sedenta que zumba de si própria,
O verde anunciado muito antes de nascer,
Na essência que transborda amor e sensações,
Nesse indefeso que a própria alma se expropria,
Da paixão vulnerável dessas confissões.
Num tempo, onde o vento ainda cheirava a flores,
O sorriso feito da criança renascida,
Mergulhada na sensação de bons amores,
De uma eloquência torpe dos seu sentimento,
Onde o desejo se misturava com a vida
E a própria felicidade era o pensamento.
Por vezes, o invocar esse tempo da saudade,
Na procura de respostas indefinidas,
Ensurdece esse silêncio de uma verdade,
Do espírito sagrado que habita o invisível,
Na aparência insana das tristes despedidas,
Que torna esse seu Mundo ainda mais terrível.
Carlos Cebolo
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