Acerca de mim

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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

terça-feira, 31 de março de 2020



DONO DE UM TEMPO SEM FIM

Água, mar, este ar que nos alimenta,
À noite serei teu em pensamento,
Nessa ânsia que se afirma e que aumenta,
Escapes de um sonho em seu movimento.

E serei dono do tempo sem fim,
Como a fresca água é dona do seu ribeiro,
Essa tua ausência é tormento em mim,
Mas a esperança é o momento derradeiro.

Há um frio e um vácuo no sentimento,
No pensar de um descaminho só meu,
De um beijo teu, no anseio que alimento,
Apenas sonho. E nada aconteceu.

Sonhar encontros sem esse abandono,
Da vontade que em sonho se viveu,
De um querer real, onde ninguém é dono
E sem cobranças do ser teu ou meu.

E a água do ribeiro corre serena,
Por entre o leito e margens que a sustenta,
Sem opressão da liberdade plena,
Desse amor que da vontade se alimenta.

Carlos Cebolo



segunda-feira, 30 de março de 2020



INCERTEZAS

Este mundo é feito de coisas ocas,
Do passado só lembranças caídas,
De maboque o gosto de certas bocas,
De cetim as nossas almas despidas.

À nossa volta, este mundo imperfeito,
Nesse querer, fugindo à tradição,
Fraqueza da sintonia a preceito,
O fugir de mais uma imperfeição.

Por detrás do espelho, tudo se esconde,
Esse olhar triste que consome a névoa,
Na névoa onde se perdeu rei e conde,
Perdeu-se a alma que o próprio tempo ecoa.

E se Alcácer foi o nosso desejo,
Nessa procura de outra liberdade,
Da tua boca procuro esse beijo,
Que me traga nova felicidade.

Carlos Cebolo
-Maboque – fruto angolano


sexta-feira, 27 de março de 2020




QUANDO PODEREI SORRIR

Não brilha o rei sol nesta primavera,
De soluço em soluço as folhas vão caindo,
Das lágrimas soltas já nada se espera,
Esses tristes silêncios vão surgindo.

Sem paragem, esta vida vai passando,
Surgem fantasmas que procuro ouvir,
Surgindo a pergunta:- Senhor até quando?
Quando poderei de novo, sorrir!...

Fico no pensamento mergulhado,
Mudo no silêncio da intimidade,
Nesse infinito, o meu olhar parado.

Vejo ao longe essa esperança nua e crua,
De uma triste imagem da realidade
E a passagem imperturbada da lua.

Carlos Cebolo

quinta-feira, 26 de março de 2020




MEDO TALVEZ

Paira no ambíguo essa tristeza,
Lar longínquo que está desperto,
E o mundo com a sua beleza,
É uma aldeia que está por perto.

Essa ânsia de um qualquer suplício,
Na roda dolente que avança,
Lança a vida num precipício,
Na globalização que alcança.

O ócio, deixou de o ser,
De leque em leque a nossa vez
E o medo de tudo perder.

Será histeria geral,
Ou apenas medo talvez,
De um vírus assim tão mortal?

Carlos Cebolo


quarta-feira, 25 de março de 2020



SOMBRAS SERENAS

Existe instantes nas sombras serenas,
Sem essa alegria e sem ter tristeza,
Canto um pouco dessa tua beleza,
Nessa esperança de um teu sorriso apenas.

Noctívagas horas de uma ilusão,
Sentida no gozo de um tormento,
Que a tua imagem traça no momento,
Espraiando no ar, a confusão.

Sonhos que trazem a tua lembrança,
Aroma que atravessa noite e dia,
Traçados em segredos da poesia,
Do teu nome igual minha esperança.

Carlos Cebolo

terça-feira, 24 de março de 2020



CRAVO E CANELA

Poesia com acordes tão amantes,
Lira mulata que se fez mulher,
Canela pura de sabores constantes,
Licor ardente que se quer beber.

Esse espírito selvagem que tange,
Acórdãos no destino da saudade,
Sons vibrantes do saudoso quisssange,
Que me faz recuar nessa mocidade.

Da vontade te fizeste mulher,
No capricho do tempo a nostalgia,
Da desventura que se quer esquecer,
Lábios de pitanga em sons de poesia.

Exaltando a razão desse teu grito,
Entrega que se transforma em loucura,
Nessa esperança de vencer o infinito,
Colhendo do teu abraço, a ternura.

Carlos Cebolo
Quisssange- Instrumento musical africano
Pitanga-Fruto

segunda-feira, 23 de março de 2020




MEROS FIGURANTES

Segue imprudente a vontade popular,
Recantos escondidos com seus escombros,
Tristes ruas e praças cheias de ar,
A força da mudança cai sobre os ombros.

No dever, quem pela rua se aventura,
Os heróis anónimos que o povo não vê,
Deixam a própria família nessa amargura,
Pela luta desigual que se prevê.

Nem pombos, nem gaivotas nesta mudança,
As vilas e cidades nesse abandono,
Cheias de ar puro, mas sem a confiança,
Desse povo que de si, se tornou dono.

São figuras que se tornam intemporais,
Quando os deveres se impõem sobre os direitos,
Lembrados como elementos fundamentais,
Esquecidos, passados os tais efeitos.

Carlos Cebolo


sexta-feira, 20 de março de 2020




MÃOS DADAS

Os caminhos seguem sem fim,
Lágrimas soltas da Natureza,
Poesia tocada de mim,
Águas soltas dessa incerteza.

Fértil terra produz riqueza,
Essa água pura e cristalina,
Do teu amor quero certeza,
Cristal elixir que fascina.

Água que rega esse jasmim,
Nos dias que se confundem,
Da poesia, da água sem fim,
Da flor, da alegria também.

Corre o rio colinas sem fim,
Teu beijar de um desejo crescente,
Rosa nascida no jardim,
Traz esse amor inconsequente.

E se a poesia o quiser ser,
Um veículo tão importante,
Também a água o quer merecer,
Louvando esse amor tão constante.

Carlos Cebolo


quinta-feira, 19 de março de 2020






AS AVENTURAS DE KALO
KALÓ VISITA O PAI NATAL

 Kaló, o rapaz que tinha ganho um manto mágico, oferta do gigante, na sua primeira viagem de aventuras, resolveu desta vez, ir visitar o Pai Natal na sua oficina, no Pólo Norte.
 Kaló tirou o seu manto da sacola e colocou-o nos ombros, pedindo que o transportasse até ao Pólo Norte.
Quando chegou ao Pólo Norte, viu que tudo estava coberto de gelo e não via mais nada a não ser gelo.
Kaló queria ir até à oficina do Pai Natal, mas não sabia por onde ir. Todas as direções lhe pareciam iguais. Olhando um pouco mais longe, viu um vulto no gelo e aproximou-se para ver o que era. Era uma mãe ursa polar que estava a brincar no gelo com a sua cria.
Kaló que, com o poder do seu manto mágico, sabia falar todas as línguas, incluindo a linguagem dos animais, perguntou à mãe ursa, onde ficava a oficina do Pai Natal.
A mãe ursa indicou o caminho e Kaló lá foi, na direção que a ursa tinha indicado. Depois de muito andar, encontrou uma cabana feita de gelo.
Kaló chegou junto da cabana e perguntou:
 - Está aí alguém?
Da cabana saiu um duende que lhe perguntou:
 - Quem és e o que queres aqui do meu Iglu?
 Iglu? Respondeu Kaló que não sabia o que era um Iglu.
 O duende respondeu:
- Sim!... Iglu é o nome que se dá a estas cabanas feitas de gelo. E esta é minha, pois fui eu que a construi. Quem és tu e o que queres?
 Kaló respondeu que se chamava Kaló que tinha vindo de um país do Sul e queria conhecer e cumprimentar o Pai Natal. E por isso andava à procura da sua oficina.
 O duende convidou Kaló a entrar na sua cabana e lá dentro, ofereceu-lhe uma bebida quente ao mesmo tempo que lhe dizia:
- Eu chamo-me Unuel e sou um dos duendes que ajudam o Pai Natal na sua oficina. O Pai Natal anda desaparecido e nós duendes, sem ele, nada podemos fazer. A oficina está parada e se o Pai Natal não aparecer, não vai haver prendas no próximo Natal.
Kaló ficou muito triste e perguntou:
 - E ninguém sabe onde foi o Pai Natal?
Unuel respondeu:
 - Saber, não sabemos, mas suspeitamos que tenha sido o Ogro do Castelo Negro que o tem preso no seu castelo. Pois ele nunca gostou do Pai Natal e não gosta de ver as crianças felizes.
Kaló perguntou onde ficava o Castelo Negro e como era esse tal Ogro.
Unuel disse que não sabia, mas o chefe dos duendes, o seu amigo Ogum, quando o Pai Natal desapareceu, encontrou pegadas grandes no gelo e segui as pegadas até próximo do Castelo Negro. Ele sabe onde fica, mas estamos a tentar arranjar coragem para lá ir libertar o Pai Natal, mas temos medo do Ogro que é muito mau.
E Unuel continuou a falar: - Na oficina do Pai Natal, nós os duendes, fizemos um laço da luz. É um laço mágico que colocado nos maus, transforma a maldade em luz do Sol. Estávamos a pensar colocar esse laço no Ogro, mas ninguém quer lá ir, pois temos muito medo dele.
Kaló pediu ao duende Unuel para o levar até à oficina do pai Natal, para falar com o Chefe Ogum e com os outros duendes.
 Lá foram os dois, no trenó do Unuel. Quando chegaram à oficina do Pai Natal, os outros duendes ficaram admirados com a presença de Kaló.
 Unuel chamou o chefe dos duendes, apresentou Kaló e todos juntos procuraram uma maneira de salvar o Pai Natal.
 Ogum foi buscar o laço da luz e mostrou a Kaló dizendo:
- Este é o laço mágico que nós fabricamos, mas agora só falta coragem para prender o Ogro com ele. E Ogum continuou a falar:
- O Ogro dorme durante o dia, pois não pode apanhar Sol. A luz do Sol transforma-o em pedra. Mas tem um sono muito leve e acorda com qualquer pequeno ruído. E quando apanha algum de nós, come-nos vivos.
Kaló disse que tinha um manto mágico que o transportava para onde ele quisesse e assim, ofereceu-se para ir ao Castelo Negro e prender o Ogro com o laço da luz.
Os duendes ficaram muito contentes e entregaram o laço da luz a Kaló que colocou o seu manto mágico nos ombros e pediu para o levar ao Castelo Negro, para junto do Ogro, sem ele o ver ou sentir.
Já no Castelo Negro, Kaló reparou que o Ogro estava a dormir sentado numa poltrona. Muito devagar e sem fazer qualquer ruído, colocou o laço luz no pescoço do Ogro. Este ao sentir o laço, abriu os olhos e levantou-se muito mau. O laço ao sentir a maldade do Ogro, apertou o pescoço do Ogro e começou a brilhar emitindo raios da luz solar. O Ogro ao sentir a luz do Sol no seu corpo, transformou-se numa estátua de pedra.
Kaló foi à procura do Pai Natal e libertou-o. Abraçando o Pai Natal, pediu ao manto para os levar de volta à oficina.
Os duendes quando viram Kaló chegar com o pai Natal, fizeram uma grande festa e prometeram trabalhar noite e dia para acabar a tempo os brinquedos para oferecer às crianças no próximo Natal.
E assim, viveram felizes para sempre.
Carlos Cebolo



PEÇO AO TEMPO

Ao tempo, peço um pouco do tempo vago,
Tempo tão vago, mas também inconstante,
Para te entregar esta vontade que trago,
A vontade de te ter por um instante.

No meu sonhar, procuro-te oferecer,
Uma flor, ou mesmo um pequeno buquê,
Sentindo nos meus lábios o teu querer
E a saudade sinto-a, sem saber porquê.

E a noite se torna muito mais serena,
Nessa forte ilusão deste meu fascínio,
Duma distante ausência que me dá pena.

Sonâmbulo, sinto esses momentos risonhos,
Será fantasia, encanto ou desígnio,
Ou simplesmente a vontade dos meus sonhos.

Carlos Cebolo





quarta-feira, 18 de março de 2020



TEMPO OBSCURO

Pequenos gestos, uma solução,
Vidas arruinadas nessa tristeza,
De uma ausência sem haver solidão,
O crepuscular da mãe Natureza.

Da ínfima partícula se faz vida,
Sem correspondência de uma união,
No temer da prematura partida,
Não há correspondência da visão.

Morre essa claridade e o seu calor,
Dessa doença surgida no Oriente,
Nascem os dias sem o mesmo valor,
Com a morte anunciada gradualmente.

Corre o tempo e a vida continuará,
Vencendo os obstáculos dessa solidão,
Com o bom senso que privilegiará,
O comportamento é solução.

Carlos Cebolo


terça-feira, 17 de março de 2020



NOITES LONGAS

As noites por natureza são longas,
Tão longa como a tristeza que invade,
Esta vida na sua adversidade.

Todas as noites se formam assim,
Na escuridão se confunde a beleza
E tudo se transforma nesse fim.

Eu amei tudo que já não existe,
No meu leito, nem tudo se escondeu,
Mas por não te ter, sinto-me assim triste.

Já não sei o que é dormir a sorrir,
Tua imagem, na noite me confunde
E sem te ver, não consigo dormir.

Teu corpo não vejo na minha cama,
 Na mente, tua imagem quer ficar
E este meu desejo por ti, reclama.

As minhas noites se tornam mais longas,
A meio, acordo sonhando contigo,
No acordar, esquecer-te não consigo.

Carlos Cebolo


segunda-feira, 16 de março de 2020



O PODER DA POESIA

Com amor, também escrevo tristeza,
Noite estrelada no fúnebre véu,
A vontade de amar nessa incerteza,
Lua nova que se esconde no céu.

Se o amor escrito, em ti é provocado,
O vento gira nesse firmamento
E a fantasia se torna pecado,
Sem a culpa de quem escreve o momento.

O teu coração procura escondido,
Momentos de pura felicidade,
Onde o fruto proibido está contido.

Na fantasia do teu pensamento,
Aquela atracção da imoralidade,
Transforma esse teu fraco sentimento.

Carlos Cebolo


sexta-feira, 13 de março de 2020



NÃO SE APAGA O PASSADO

Vejo-me mergulhado em pensamentos,
No silêncio das folhas que se soltam
E caem com perfeitos movimentos,
No clímax dos tempos que já não voltam.

Procuro pelo futuro ascendente,
Esquecendo essas horas já passadas,
Sem deixar germinar essa semente
Que no passado foram desejadas.

Vidas alegres que foram perdidas,
No encanto que floriu no pensamento,
Trazem mágoas dessas tristes partidas,
Que se prenderam naquele firmamento.

Carlos Cebolo


quinta-feira, 12 de março de 2020



SE PROCURO ALGO, NÃO SEI

Se procuro algo, não sei,
Sei que terei o que procuro,
Tudo aquilo com que sonhei,
 Num silêncio suave e escuro.

Se procuro é porque desejo,
Esse teu calor, tua loucura,
Dos teus lábios um quente beijo,
 Dos teus seios essa ternura.

Na loucura do meu querer,
Nem que seja só aventura,
No meu sonho irei merecer
O teu beijo, a tua ternura.

Carlos Cebolo


quarta-feira, 11 de março de 2020



DESASSOSSEGO PELO TEU BEIJO

Nas situações delicadas como o amor,
Não serei dono deste meu pensar,
Meu coração bate e não para a dor,
Pensando em ti, não posso descansar.

Sei que a dor, será sempre desejada,
Tendo a tua imagem no pensamento,
Também sinto a luz da minha alvorada,
Na distância do nosso sentimento.

Pudera eu, voltar a ser menino,
Tão jovem como esta minha ternura,
Na igualdade deste meu desatino,
Possuir-te nesta minha desventura.

És mulher moça dessa formosura,
Que ilumina todo este meu desejo,
Nessa visão do luar de uma aventura,
Esse desassossego pelo teu beijo.

Carlos Cebolo


terça-feira, 10 de março de 2020



A FORÇA DO DESEJO

E de repente, toda esta vontade,
Toda esta vontade de te abraçar,
Para colher em ti, a tua amizade,
No aconchego doce do teu beijar.

Falar um pouco, lembrar o passado,
Esses amores que ficaram escondidos,
E nesse tempo longínquo guardado,
Mas que nunca deixou de ser sentidos.

Palavras trocadas com um cafezinho,
Na mesa do canto a pura magia,
Magia que surge devagarzinho.

O nosso encontro assim inesperado,
Na união dos anos, sentir a harmonia,
Daquele amor, ainda desejado.

Carlos Cebolo


segunda-feira, 9 de março de 2020



AMAR O IMPOSSÍVEL

Os meus pecados Senhor!
São pecados sem ter fim,
Peco por querer amor,
De quem não sente por mim.

Se esse amor não tem idade,
 Amarei quem jovem é,
Se no querer, for igualdade,
Por ela não perco a fé.

Colho aromas perfumados,
Pureza de um sentimento,
Por aqui vejo cuidados,
Por esse tal julgamento.

Se bruxedo for meu fim,
Por querer o condenado,
Em honra queimo alecrim,
Para expiar o meu pecado.

Carlos Cebolo


sexta-feira, 6 de março de 2020



MULHER

 Um lenço, uma despedida,
 Sal líquido de um sonhar,
Mulher presa a uma vida,
Por onde não quer ficar.

Com dor na alma, quando pensa
Outra vida merecer,
A dor que o corpo condensa,
Só a alma a pode sofrer.

Toda a mulher tem seu encanto,
Por vezes fica suspensa,
Seu olhar preenche o pranto
E sem ais, diz o que pensa.

Sente a dor no corpo e alma,
 Por amar quem não a quer,
Na esperança procura a calma,
Pois ser forte, é ser mulher.

Carlos Cebolo


quinta-feira, 5 de março de 2020



A HASTE DO TEMPO

Pouco importa de onde a brisa vem,
A haste do tempo se vergará,
E o que ontem fui, hoje não sou ninguém,
Como uma flor, seca ficará
E suas pétalas soltas cairão,
Alimentando o já fértil chão.

Sim, há felicidade em todo o lado,
Luar espalhado pelo chão,
Vaidades que seja do teu agrado,
Mas sem sossego no coração,
Fica a primavera sempre fria
E a esperança se torna tardia.

A haste do tempo não engana,
Se vergará sem a mocidade
E a própria vida aos poucos se emana,
Com esse avançar da nossa idade
E a natureza não se ilude,
 Negando a volta da juventude.

Carlos Cebolo