A HASTE DO TEMPO
Pouco importa de onde a brisa vem,
A haste do tempo se vergará,
E o que ontem fui, hoje não sou ninguém,
Como uma flor, seca ficará
E suas pétalas soltas cairão,
Alimentando o já fértil chão.
Sim, há felicidade em todo o lado,
Luar espalhado pelo chão,
Vaidades que seja do teu agrado,
Mas sem sossego no coração,
Fica a primavera sempre fria
E a esperança se torna tardia.
A haste do tempo não engana,
Se vergará sem a mocidade
E a própria vida aos poucos se emana,
Com esse avançar da nossa idade
E a natureza não se ilude,
Negando a volta da
juventude.
Carlos Cebolo
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