PEÇO AO TEMPO
Ao tempo, peço um pouco do tempo vago,
Tempo tão vago, mas também inconstante,
Para te entregar esta vontade que trago,
A vontade de te ter por um instante.
No meu sonhar, procuro-te oferecer,
Uma flor, ou mesmo um pequeno buquê,
Sentindo nos meus lábios o teu querer
E a saudade sinto-a, sem saber porquê.
E a noite se torna muito mais serena,
Nessa forte ilusão deste meu fascínio,
Duma distante ausência que me dá pena.
Sonâmbulo, sinto esses momentos risonhos,
Será fantasia, encanto ou desígnio,
Ou simplesmente a vontade dos meus sonhos.
Carlos Cebolo
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