AS AVENTURAS DE KALO
KALÓ VISITA O PAI NATAL
Kaló, o rapaz que tinha ganho um manto mágico,
oferta do gigante, na sua primeira viagem de aventuras, resolveu desta vez, ir
visitar o Pai Natal na sua oficina, no Pólo Norte.
Kaló tirou o seu manto da sacola e colocou-o
nos ombros, pedindo que o transportasse até ao Pólo Norte.
Quando chegou ao
Pólo Norte, viu que tudo estava coberto de gelo e não via mais nada a não ser
gelo.
Kaló queria ir
até à oficina do Pai Natal, mas não sabia por onde ir. Todas as direções lhe
pareciam iguais. Olhando um pouco mais longe, viu um vulto no gelo e
aproximou-se para ver o que era. Era uma mãe ursa polar que estava a brincar no
gelo com a sua cria.
Kaló que, com o
poder do seu manto mágico, sabia falar todas as línguas, incluindo a linguagem
dos animais, perguntou à mãe ursa, onde ficava a oficina do Pai Natal.
A mãe ursa
indicou o caminho e Kaló lá foi, na direção que a ursa tinha indicado. Depois
de muito andar, encontrou uma cabana feita de gelo.
Kaló chegou
junto da cabana e perguntou:
- Está aí alguém?
Da cabana saiu
um duende que lhe perguntou:
- Quem és e o que queres aqui do meu Iglu?
Iglu? Respondeu Kaló que não sabia o que era
um Iglu.
O duende respondeu:
- Sim!... Iglu é
o nome que se dá a estas cabanas feitas de gelo. E esta é minha, pois fui eu
que a construi. Quem és tu e o que queres?
Kaló respondeu que se chamava Kaló que tinha
vindo de um país do Sul e queria conhecer e cumprimentar o Pai Natal. E por
isso andava à procura da sua oficina.
O duende convidou Kaló a entrar na sua cabana
e lá dentro, ofereceu-lhe uma bebida quente ao mesmo tempo que lhe dizia:
- Eu chamo-me
Unuel e sou um dos duendes que ajudam o Pai Natal na sua oficina. O Pai Natal
anda desaparecido e nós duendes, sem ele, nada podemos fazer. A oficina está
parada e se o Pai Natal não aparecer, não vai haver prendas no próximo Natal.
Kaló ficou muito
triste e perguntou:
- E ninguém sabe onde foi o Pai Natal?
Unuel respondeu:
- Saber, não sabemos, mas suspeitamos que
tenha sido o Ogro do Castelo Negro que o tem preso no seu castelo. Pois ele
nunca gostou do Pai Natal e não gosta de ver as crianças felizes.
Kaló perguntou
onde ficava o Castelo Negro e como era esse tal Ogro.
Unuel disse que
não sabia, mas o chefe dos duendes, o seu amigo Ogum, quando o Pai Natal
desapareceu, encontrou pegadas grandes no gelo e segui as pegadas até próximo
do Castelo Negro. Ele sabe onde fica, mas estamos a tentar arranjar coragem
para lá ir libertar o Pai Natal, mas temos medo do Ogro que é muito mau.
E Unuel
continuou a falar: - Na oficina do Pai Natal, nós os duendes, fizemos um laço
da luz. É um laço mágico que colocado nos maus, transforma a maldade em luz do
Sol. Estávamos a pensar colocar esse laço no Ogro, mas ninguém quer lá ir, pois
temos muito medo dele.
Kaló pediu ao
duende Unuel para o levar até à oficina do pai Natal, para falar com o Chefe
Ogum e com os outros duendes.
Lá foram os dois, no trenó do Unuel. Quando
chegaram à oficina do Pai Natal, os outros duendes ficaram admirados com a
presença de Kaló.
Unuel chamou o chefe dos duendes, apresentou
Kaló e todos juntos procuraram uma maneira de salvar o Pai Natal.
Ogum foi buscar o laço da luz e mostrou a Kaló
dizendo:
- Este é o laço
mágico que nós fabricamos, mas agora só falta coragem para prender o Ogro com
ele. E Ogum continuou a falar:
- O Ogro dorme
durante o dia, pois não pode apanhar Sol. A luz do Sol transforma-o em pedra.
Mas tem um sono muito leve e acorda com qualquer pequeno ruído. E quando apanha
algum de nós, come-nos vivos.
Kaló disse que
tinha um manto mágico que o transportava para onde ele quisesse e assim,
ofereceu-se para ir ao Castelo Negro e prender o Ogro com o laço da luz.
Os duendes ficaram
muito contentes e entregaram o laço da luz a Kaló que colocou o seu manto
mágico nos ombros e pediu para o levar ao Castelo Negro, para junto do Ogro,
sem ele o ver ou sentir.
Já no Castelo
Negro, Kaló reparou que o Ogro estava a dormir sentado numa poltrona. Muito
devagar e sem fazer qualquer ruído, colocou o laço luz no pescoço do Ogro. Este
ao sentir o laço, abriu os olhos e levantou-se muito mau. O laço ao sentir a
maldade do Ogro, apertou o pescoço do Ogro e começou a brilhar emitindo raios
da luz solar. O Ogro ao sentir a luz do Sol no seu corpo, transformou-se numa
estátua de pedra.
Kaló foi à
procura do Pai Natal e libertou-o. Abraçando o Pai Natal, pediu ao manto para
os levar de volta à oficina.
Os duendes
quando viram Kaló chegar com o pai Natal, fizeram uma grande festa e prometeram
trabalhar noite e dia para acabar a tempo os brinquedos para oferecer às
crianças no próximo Natal.
E assim, viveram
felizes para sempre.
Carlos Cebolo
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