MEROS FIGURANTES
Segue imprudente a vontade popular,
Recantos escondidos com seus escombros,
Tristes ruas e praças cheias de ar,
A força da mudança cai sobre os ombros.
No dever, quem pela rua se aventura,
Os heróis anónimos que o povo não vê,
Deixam a própria família nessa amargura,
Pela luta desigual que se prevê.
Nem pombos, nem gaivotas nesta mudança,
As vilas e cidades nesse abandono,
Cheias de ar puro, mas sem a confiança,
Desse povo que de si, se tornou dono.
São figuras que se tornam intemporais,
Quando os deveres se impõem sobre os direitos,
Lembrados como elementos fundamentais,
Esquecidos, passados os tais efeitos.
Carlos Cebolo
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