AMARRAS SOCIAIS
Alcanço esse horizonte e nada vejo,
A imperfeição, a indecisão não deixa
E não sinto nos meus lábios e teu beijo.
O que sinto com este entristecer?
O som da minha dor que não se queixa,
Ou essa amargura de não te ver?
No silêncio também existe amor,
Um amor tão puro, doce e profundo,
Que esconde num sorriso a sua dor.
E esse grito surdo chega bem fundo,
Que é ouvido nos confins desse além,
Onde a alma vagueia sem ver ninguém.
Amarras sociais que nos apertam,
Por nada poder ser em permanência,
Será a causa dessa tua ausência.
O desejo, talvez seja só meu,
Dos gritos que da minha alma desertam,
Não se ouve o eco, nem outro som teu.
Na lua, vejo o amor enfraquecido,
Da tua permanência em meu sonhar,
Sinto esse desejo fortalecido.
Se o engano da noite permanecer,
Quero contigo voltar a sonhar
E alegrar todo o meu amanhecer.
Carlos Cebolo
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