Que coisa boa eu comi,
Feito de açúcar pilé!
Açúcar da cana que colhi,
Mesmo aqui ao pé.
Angola era rica assim.
Terra quente e doce também,
Dava açúcar para o festim,
Em Catumbela como ninguém.
Cassequel era sua fábrica,
Um das que Angola tinha,
Destruíram a terra rica,
Acabaram também a linha.
Caminho-de-ferro de Benguela,
Transportava a bela cana,
Descarregada em Catumbela,
Na grande fábrica lusitana.
Pungo Andongo reclama ela,
Nestes tempos mais modernos,
A fama que tinha Catumbela,
Nos tempos p’ra sempre eternos.
O açúcar da tentativa no Caxito,
Foi destruído também.
O cubano nunca tinha visto,
Bela cana que cuba não tem.
Com o medo da concorrência,
Destruiu todas as plantações,
Em Angola por conveniência,
Por ordem dos seus patrões.
Cuba não tinha visto no Mundo,
Ameaça tão grande arrasar,
A sua economia de fundo.
E deu ordens para queimar.
Carlos Cebolo
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