Em Angola foi chamada,
De vila boneca sem par.
Seles és a minha amada,
Das terras do Ultramar.
Kuanza Sul e seu planalto,
Com palmeiras de dendem,
Mostra sempre bem alto,
O belo fruto que Angola tem.
Vila Nova de Seles era linda,
Ruas sempre em esquadria.
A visita era sempre bem vinda,
A sua bela água da pedra saia.
Antigos falavam em vulcão,
Extinto naquela paisagem!
O povo não aceitava perdão,
Duma rude vassalagem.
Lutaram pelos seus direitos,
Fazendo valer a razão!
Aos perigos ficaram sujeitos,
A uma nova revolução.
Falava-se no morro da velha,
Pedras que por lá havia.
Figura que se assemelha,
Com o que o povo queria.
Tinham fruto vermelho até.
Algodão alvo e sua semente.
Cultivavam o belo café,
Sempre com rosto sorridente.
Da palmeira tiravam dendem,
Fruto rico, de óleo são.
O subsolo turmalina tem!
Na companhia do rico zircão.
Oh! Seles minha adorada,
Vila dos meus amores,
De ti não sobrou nada,
Na luta e seus horrores.
Destruíram a bela Vila,
Erguida com muito encanto,
De ti só sobrou argila,
A ti dedico meu pranto.
Carlos Cebolo
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