Noite escura de lua nova,
As estrelas brilham no céu,
Mostrando todo o seu esplendor.
È uma dura prova!...
A Jovem segura o seu véu,
Vai ao encontro do seu amor.
Um relâmpago rasga o céu!
Ouve-se um trovão à distância!
O rapaz caminha com passo apressado!
Preocupado, aperta na cabeça o chapéu.
Andar de chapéu, é hábito que trás de criança.
Isso e o bornal, são coisas do seu passado.
O seu namoro não é bem visto!
É pobre, não tem um tostão!
Mas trás muito amor no coração.
Combinou com o seu amor, a fuga.
Está nervoso, mas confiante.
Pelo futuro sogro não é benquisto.
Vêem na fuga a única saída.
Confiante, segue adiante.
A jovem caminha preocupada,
Por conhecer a tirania do seu pai.
Encontra o seu amado na noite escura!
Entre abraços e beijos, a loucura!...
Ouve-se um estrondo.
O barulho não é de trovão.
A jovem, nos braços do amado, cai.
Atingida por uma bala mortal,
Disparada pelo seu próprio pai.
Numa loucura descomunal,
O jovem procura um destino igual.
Tira a navalha que trás no bornal,
Espeta-a no peito sem dar um ai.
Cai junto ao corpo da sua amada
E juntos prosseguem na caminhada.
Carlos Cebolo
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