Acerca de mim

A minha foto
Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

FANTASIA



Leio um livro que nada me diz,
Procuro recuperar o tempo perdido,
Na ânsia de encontrar algo que fiz,
Na fantasia do Mundo incompreendido.
No universo do meu sonhar,
A aparência da espírita alma,
È algo que não se domina,
No prolongar da noite calma.
Se fantasia é sonho vivido,
Se sonhar é pensar a dormir,
Se pensar é estar acordado,
Se viver é ter nascido,
Amar será nunca mentir,
Admitir fantasias do ente querido
Não dar nada por terminado.
Se considerar:
Ser a alma o espelho da vida,
A morte uma vida perdida,
O mundo espiritual a calma,
Neste mundo nada se perde.
Nos outros apenas existe a alma,
Que não sente dor,
E de todos recebe amor.
Fantasias então vividas,
No mundo real e nos paralelos,
Corpos em almas sentidas,
Almas sem os corpos belos.

Carlos Cebolo

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

APRENDI

      

A luz do teu olhar
Penetra a zona sombria.
Meu coração sente
A onda do teu sonhar,
Que percorre a noite fria,
Procurando o amor ausente.
Aprendi a ser forte,
Que nem rochedo seguro.
A tristeza que te invade,
Também traça a minha sorte,
Neste Mundo claro e escuro,
Onde impera a mentira e a verdade.
Teu olhar penetrante,
Ofusca o brilho do luar.
Tua vontade constante,
Molda o teu amar,
Como a areia molda a onda
Rebelde na crista do mar,
E tudo o que por lá se encontra.
Aprendi a gostar!...
…Sem amar.
Aprendi a amar
Para não sofrer,
A ter sem possuir,
A querer e não poder,
A chorar e sorrir.
Aprendi!...
A controlar as zonas sensíveis,
Que o corpo humano é fértil.
A unir forças invisíveis,
Ter certezas e desenganos,
Ser paciente e gentil.
Procurar não causar danos,
Amar e ser amado,
Manter o ciúme fechado.
Aprendi!...

Carlos Cebolo



domingo, 22 de janeiro de 2012

INCOMPREENSÃO




Hoje!
Acordei com a mente vazia.
A noite foi longa!...
Lembranças do meu passado,
Frases soltas que dizias,
Indicavam a tua delonga,
Para ficares ao meu lado.
Esperança!...
…Sempre a esperança,
Que a tua decisão fosse apressada,
Para meu contento e prazer.
Egoísmo puro de mentes doentias,
Que via na tua resposta atrasada,
Um sinal do teu não querer.
Talvez!...
Amor que por mim não sentias!
Ilusão!...
Não soube ler os teus sinais
E tudo o que me dizias.
Nos teus amigos via os meus rivais,
A razão por que me não querias.
Incompreensão!...
Meu grande amor por ti,
Deixou-me cego.
Quando te disse não te querer mais,
Menti.
Não nego!
No meu naufrágio, és o meu cais.
Imploro-te.
Volta para mim amor!
Preenche a minha vida e mente vazias,
Para que possa amar novamente
E recupera o navio afundado;
Com o teu amor,
Como antes bem fazias,
Com o calor que o meu corpo sente,
Lembranças do meu passado,
Sentindo de novo o teu odor.
Correr!
Voar pelo caminho,
Procurar algo que me pertença,
Pois nunca mais amei.
Este vazio!...
…Mata-me amor!
Quero viver com o pensamento,
Voar na magia sem fim,
Viver o doce momento,
Quando te juntares a mim.
Sem ti,
Sem o teu carinho,
Sem a tua presença,
Nada criarei.

Carlos Cebolo






sábado, 21 de janeiro de 2012

REENCONTRO

   

Airosa desce o caminho,
Com seu vestido de chita.
Sente um grande carinho,
Pelo homem que a visita.

As buganvílias vermelhas,
Ornamentam o seu vestido.
Traz brincos nas orelhas,
E um sorriso querido.

Olhos nos olhos se olham,
Com amor no coração,
Lágrimas as faces molham.

O encontro do seu amado,
Depois de uma separação,
E sempre muito esperado.


Carlos Cebolo

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

BOTÃO DE ROSA

  

No meu jardim florido
Colhi a mais linda flor
Um botão de rosa querido
Que ofereci ao meu amor

O botão de rosa cortado
Depressa perdeu a cor
Morreu por ter sido apanhado
Mas fortaleceu o nosso amor

O botão de rosa ressequido
Mostrou o seu traço de dor
E o meu orgulho ferido

Tirei uma fotografia florida
Ofereci-a ao meu doce amor
E senti a sua grande alegria.

Carlos Cebolo

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

LUA FRIA

         
Na varanda do meu andar,
Vejo triste e fria a Lua surgir,
Procuro seguir o rastro dela,
Juntar a luz ao meu sonhar,
Travar assim o teu fugir.
Peço ajuda à Estrela Polar,
Para iluminar o meu caminho.
Solicito à Lua o seu luar,
A Vénus o seu carinho.
A Lua sobe redonda e fria,
Ignora o meu pedido.
Numa nuvem o luar se perdia,
Escondendo o rastro perdido.
Que culpa tenho eu, Lua!
Por seres assim tão fria?
A culpa não é minha nem tua?!
Iluminas a noite em vez do dia,
Onde o Sol emana calor,
Dando à terra todo o amor.
Pede ao teu Criador mudanças,
Mas não percas a tua cor!
O teu prateado traz-me lembranças,
Que intensificam o meu amor.
Ajuda-me a encontrar o caminho,
Não te escondas atrás das nuvens,
Dá-me também o teu carinho,
Para teres o que não tens.
O calor do meu amor te darei,
Como prémio por ti cedido,
Descobre aquela que sempre amei,
Encontra o meu bem querido.

Carlos Cebolo



quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

STRESS DE GUERRA



Não tenho stress de guerra
Não sinto paz nem sossego
Procuro matar a quimera
Que destrói o meu desejo

Ver o meu povo feliz
Sem desigualdades forçadas
Fazer desta terra a meretriz
Esquecer as horas amargas

Vividas em grandes ansiedades
Na terra dos sonhos dourados
Berço de inúmeras beldades

Momentos tristes recordados
Em Angola dos meus amores
De fugas e perigos passados
Lembrando velhos horrores

Armas nas mãos do povo
Exércitos desarmados
Feridas abertas de novo
Rancores e ódios falados

Foi assim os últimos anos
Em Angola dos meus encantos
Sem certezas e desenganos
Com tiros, gritos e prantos

Terror então implantado
Em aldeias, vilas e cidades
Por grupos desalmados
Que só praticavam maldades

Tinham em projecto final
Roubar tudo que desse jeito
Fazer ir para Portugal
Angolanos de pleno direito.

Carlos Cebolo






terça-feira, 17 de janeiro de 2012

MINHA VELHINHA

   

Minha mãe está tão velhinha,
Mas continua sábia e bonita,
Sua pele já não é igual à minha,
Está enrugada e um pouco hirta.

Mostra bem o trabalho que teve,
Para criar com carinho os filhos,
O amor da sua família obteve,
Sem trilhar outros caminhos.

Hoje velhinha não pede cuidados,
Procura ser o suporte familiar,
Dá conselhos certos guardados,
Mostrando a segurança do lar.

Os filhos ouvem com atenção,
Os sábios conselhos que dá,
Sabem que a mãe tem o condão,
De transformar em coisa boa,
A infeliz acção que parece má,
Perdoar quando ninguém perdoa.

Quando já não tem forças par si,
Quando a vida já não lhe permite,
Paciente aguarda o seu triste fim,
Na esperança do amor que sente
E que os filhos olhem por ela,
Como ela sempre olhou por eles,
Com carinho também cuidem dela,
Não esquecendo os seus deveres.

Carlos Cebolo



segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

DOCE


    

Doce!
Quero-te doce!...
Teu beijo molhado,
Tua lágrima salgada,
Teu sabor.
Gosto de mel e canela,
Com travo a alecrim,
Será sempre o cheiro dela,
Quando se aproxima de mim.
Em tudo o que tenho sonhado,
Procuro o teu amor,
Teu rosto nas janelas,
Teu corpo molhado,
Emanando o doce odor,
Lembrando-me as coisas belas.
Doce!...
Sim!
Quero sentir o teu gosto,
Teu favo de mel saborear,
Beber a lágrima do teu rosto.
E lembrar a imensidão do mar.
Olhas para mim!
Roubo-te um beijo,
Que guardo como recordação.
Doce lembrança; um desejo
Que afaga o meu coração.
Doce!...
Sim.
O gosto sentido é néctar,
Tirado da flor mais bela,
Do bem precioso da mulher,
Que a sua doce alma revela.
O beijo roubado, é doce!...
Soltou o teu segredo,
Como se meu sempre fosse.
Pertença no meu degredo.
Doce!...
Sim!...
Amo o teu corpo belo,
Tua cor de cobre puro,
Teu gosto a caramelo,
Teu seio redondo e duro.
Doce!
Sim.
Açúcar, canela, anis,
Favo de mel silvestre,
Tudo o que sempre quis,
O amor que nunca me deste.

Carlos Cebolo


domingo, 15 de janeiro de 2012

MINHA PÉROLA

      

Tenho uma pérola guardada,
Num cantinho muito especial.
É pedra valiosa e muito amada,
Responsável pelo meu Natal.

Está guardada no meu coração,
Com outras coisas de valor,
Tenho sempre o seu perdão,
E carinho com muito amor.

Minha mãe é meu tesouro,
É minha âncora de salvação,
É mais valiosa do que o ouro,
Olho para ela com emoção.

Emoção está sempre presente,
Quando a tenho ao pé de mim,
É calor que o meu corpo sente,
Quando me lembro de onde vim.

O belo ventre que me gerou,
Que me cuidou por nove meses,
É o colo que me aconchegou,
Quando chorei muitas vezes.

Minha mãe minha adorada,
Minha estrela benfazeja,
Para sempre será minha amada,
E que o Mundo assim a veja.

Quando pró céu for chamada,
E à mãe de Deus se juntar,
Junto a ela também será amada,
Partilhando o seu belo altar.

Carlos Cebolo





quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

AMOR E PÃO

       

Semear o grão no fértil chão,
Fazer amor com imaginação,
O trigo moer para fazer o pão.
Amar o semelhante com o coração,
Imaginar cada vez mais a verdade,
Para promover a esperada igualdade.

Carlos Cebolo

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

CORPO DE MENINA



Teu olhar agudo me fascina,
Provoca em mim uma ansiedade.
O teu esbelto corpo de menina,
Faz-me desejar a eternidade.

Ter asas e não poder voar,
Para alcançar um sonho meu,
Teu belo corpo poder amar,
Beber o néctar que em ti nasceu.

Gosto do sabor do teu fresco beijo,
Maracujá com travo a gengibre,
Sentir o calor do teu desejo

Gosto do teu jeito de menina,
Acabar com tudo que me inibe,
Amar o que em ti me fascina.

Carlos Cebolo

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CIÚMES

           

No silêncio da noite escura,
Passo silencioso à tua porta.
O diabo do ciúme escuta,
Detalhes que a poucos importa.
Vejo-te nos braços de outros,
Vendes o corpo para sobreviveres,
Vejo-te morrer aos poucos,
E isto é a causa do meu sofrer.
Há muito que te vejo passar,
Rua acima, rua a baixo sem fim,
Minissaia que convida a amar,
Convite a um belo festim.
Secretamente no meu silêncio,
Amo-te sem nunca te dizer.
Espero que chegue o momento
E ter coragem para o fazer.
Passas por mim sem olhares,
Nem dás pela minha presença,
Procuras outros para amares,
Ou apenas fazes presença.
Dos homens que contigo se deitam,
Apenas queres o necessário dinheiro.
Teus carinhos, teus beijos aceitam,
Não importa quem seja o primeiro.
Meu ciúme aumenta dia após dias,
Sem ter coragem para te falar.
Podia dar-te a vida que merecias,
E na rua não teres de andar.
Quando passo por ti, vejo o teu desdém,
Não olhas para mim, não tenho cor.
Aos teus belos olhos não sou ninguém,
E por isso vendes o teu amor.
Hoje passei por ti, senti o teu perfume,
Olhaste para mim e deste-me um beijo.
Um gesto que não é teu costume,
Mas sempre foi o meu desejo.

Carlos Cebolo
            

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

CAVALO DE VENTO



Sou cavaleiro sem cavalo,
Procuro a minha donzela,
Para o coração sossegar.
Levo comigo um regalo,
E a flor mais bela,
Que alguém possa ofertar.
No aconchego do meu quarto,
Monto o cavalo imaginário,
Que nem Quixote valente,
E contra vendavais parto,
Ataco o meu armário
E tudo que encontro pela frente.
Doido?
Não!...
Apenas um sonho sonhado,
Num sono profundo inacabado.
No meu sonho vejo claro,
A donzela não é mulher!
É o país que me foi dado,
E tudo o que lá houver,
Que lembre a minha infância.
Juventude por lá perdida,
Paisagem então esquecida.
Lanço o cavalo veloz,
Procuro encontrar a vida,
Mas o povo não tem voz.
Meu povo sofre,
Por falta de liberdade!?
Eu também sofro,
Por conhecer a realidade!...
Meu cavalo atravessa nuvens,
Leva-me no seu galope,
Minha lança penetra rochedos,
Chamo-te e não vens,
Luto com a própria morte,
Libertando os meus segredos.

Carlos Cebolo

domingo, 8 de janeiro de 2012

SAGRADA VÉNUS

     

Estava uma linda noite de lua cheia,
Fios de prata batiam nas ondas
E reflectiam a tua imagem na areia,
Como se fosse a tua própria sombra.
Imagem da cor do marfim,
Com cabelos cor de âmbar
Parecia sorrir para mim,
Convidando-me a amar.
Corri para ela e não te vi,
Procurei-te no areal e no mar,
Perguntei à lua por ti!?
Sem resposta para me dar,
Iluminou-me com o seu luar.
Uma estrela cadente surgiu,
No céu limpo a correr sem fim,
Um vulto no horizonte emergiu,
Correndo e gritando por mim.
Corri para ela com loucura,
Abracei-a com a força do desejo,
No seu abraço senti ternura,
Selando o encontro com um beijo.
Doce paixão sentida,
Com minha amada nos braços,
Deitados na areia da praia,
Recuperei a vontade perdida.
A estrela cadente voltou,
Com a sua luz cintilante.
A lua no céu parou,
Iluminando aquele instante.
Óh Vénus sagrada do Olimpo!
Aceito com agrado a tua oferta!
Todo o amor que por ela sinto,
Deixou-me a mente mais aberta.
Venero-te óh rainha do amor,
Pelo prémio que me ofereceste.
Acalmaste toda a minha dor,
Com o amor que me concedeste.

Carlos Cebolo



sábado, 7 de janeiro de 2012

ESCRAVO DO AMOR


No silêncio do meu terraço,
Vejo a lua no céu escuro.
Redonda,
Brilhante,
Olho para ela.
Sinto um enorme desejo.
Tremo.
Os meus receios
Se confirmaram.
Uma paixão sem limites,
Faz de mim escravo
Deste amor doentio.
Desta imensa dor,
Que sinto no meu peito,
Como se fosse um encantamento.
A lua chama por mim.
Chora!...
Despe-me com o seu luar,
Faz de mim um jardim
Plantado a beira-mar.
Teu perfume doce e suave,
Sufoca-me.
Enlouquece todo o meu ser,
Aumenta a minha libido,
Energia boa e quente
Percorre o meu corpo.
Arrepia-me a pele.
Se a morte fosse assim?
Que bom seria morrer!...
Morrer nos teus braços
No teu leito quente…
Dentro de ti meu amor!...

Carlos Cebolo

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

SENTIMENTOS ESQUECIDOS



Minha vida baloiça ao vento,
Como cana verde de pouca raiz.
O vento forte é um tormento,
Protege-me na tua matriz.

Terra pisada, caminhos idos,
Passos firmes, areia solta,
Sentimentos esquecidos,
Passado que já não volta.

Tudo é apenas um momento,
Terra, ar, água, fogo e fado,
Está tudo em movimento.

Amor, ternura, desejo, paixão,
Sentimentos com gosto amargo,
Fazem as tábuas do meu caixão.

Carlos Cebolo

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SONHANDO CONTIGO



No meu irrequieto sonho vejo!
A dormir, parece que estou acordado.
Uma pétala a voar ao sabor do vento,
No seu rodopiar, escreve a palavra beijo.
Um presente na memória guardado,
Lá bem no fundo, no meu pensamento.
A pétala transforma-se em flor,
Uma linda rosa da cor do mar.
Olho para ela e sinto a dor,
Que atormenta o meu sonhar.
A tua ausência recordo então,
Lembrando a inocência perdida,
No momento do encantado condão,
Da varinha da fada querida.
Ilusão!...
Não te vejo deitada ao meu lado.
Vejo no teu lugar, a minha cama vazia,
Nos lençóis o teu cheiro grudado,
Sem o calor que outrora sentia.
Desilusão!
Acordo sem acordar,
No silêncio do meu quarto,
Em cima do velho pechiché,
Vislumbro o teu lindo retrato
E a minha foto, logo ali ao pé.
Recordações!...
Recordo os belos tempos passados,
Teu carinho, teu amor, tua presença,
São momentos que recordo com agrado.
Fazer do amor sentido, uma crença.
Custa-me aceitar a tua partida,
Nego o destino como traçado,
Procuro organizar a minha vida,
Recordando o belo tempo passado.
Sonho triste que me deixa suado.
Acordo com um grande sobressalto,
Vejo-te serena, deitada ao meu lado.
Sossego o meu espírito esgotado.

Carlos Cebolo





quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

TRISTEZA NO MEU ANOITECER



Gosto de ti,
Do teu carinho,
Do teu amor.
Do modo como me amas,
Tua entrega em mim…
Minha luz, meu caminho,
Minha dor na tua dor!...
Não te enganas.
A esperança,
A alma,
A dor,
O amor.
Sinto na tua lembrança,
Na noite calma,
O teu odor,
Na minha pele, a tua cor.
Desespero!...
Sufoco, só em pensar
No meu perder.
Espero
Ardentemente o teu olhar,
No teu amanhecer.
Gosto de ti,
Do teu caminhar,
O teu sorrir,
No meu sentir.
Olhas para mim,
Vejo no teu olhar,
O medo do teu mentir.
O não, a querer ser sim,
Sem poderes,
Por outro compromisso teres.
Tristeza!...
Teu olhar denuncia a tua dor,
A tua vontade de viver.
Certeza,
Não tenho certeza,
No meu anoitecer.

Carlos Cebolo



terça-feira, 3 de janeiro de 2012

ÚLTIMO BEIJO

       

Junto o meu triste pensar,
Ao horizonte da minha alma.
Procuro conjugar o verbo amar,
Na prolongada noite calma.
Na linha do horizonte não te vejo!
Teu sorriso procuro achar,
Nas águas revoltas do meu mar.
No doce sabor do teu beijo,
Procuro o teu olhar.
Teu corpo quente recordo,
Entre os lençóis da minha cama,
No triste momento em que acordo.
O meu corpo, o teu suor reclama.
Sonho!...
Sonho acordado contigo.
No horizonte encontro teu rosto,
Molhado com minhas lágrimas.
Os traços de saudades contido,
No doce sabor do meu gosto,
Recorda o teu último beijo.

Carlos Cebolo

DESEJO

                 

Desejo!...
Todos os meus sentidos ficam alerta.
Não sou dono do meu pensar.
Sinto meu corpo tremer,
Sempre que me deito a teu lado.
Teu corpo quente toca o meu sonhar.
Teu seio firme preenche a palma da minha mão,
Sinto a dureza dos teus mamilos,
Que despertam em mim estranhas sensações.
Desejos!...
Teus lábios quentes,
Carnudos,
Tocam os meus.
Fico louco!
O calor que sinto,
Subir por todo o meu corpo,
Dá-me uma enorme sensação.
Prazer intenso.
Desejo ardentemente teu corpo,
Entrar dentro de ti,
Sentir o teu doce envolvimento.
Como o rio violento que corre veloz,
Acalmando a sua fúria atroz,
Quando penetra no mar,
Também eu assim me sinto,
No meu desaguar.
Descanso!...

Carlos Cebolo


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

MIRAGEM



Sonhei que era menino,
Um sorriso de encantar,
Brincava alegre sozinho,
No areal juntinho ao mar.
Imaginava uma caravela,
Iluminada pelo belo lua,
Uma beleza que era só dela.
Prontinha para amara,
Na praia do meu sonhar,
Trazendo o amor com ela.
De repente o sonho se esfuma!
Apareces em bikini amarelo.
Surgistes no meio da espuma,
Com um sorriso doce e belo,
Que de momento me fez esquecer,
Tudo o que por ali fazia.
Senti todo o corpo tremer,
Por ver o amor que trazias,
À praia da minha miragem.
Tudo o resto se esvaneceu!
Preparei-me para a viagem,
Na caravela que desapareceu.
Procurei-te nas ondas do amar,
Nas dunas do grande areal,
Não te encontrei para amar.
Sossegar meu instinto animal,
Com cio por companheira,
Para partilhar a intensa dor,
Com alguém que também queira.
Partilhar este grande amor,
É sonho eterno pensante,
Sem pensar, sonhando,
Delírio de fiel amante,
Por quem está amando.
Viver um belo instante,
Nos braços do grande amor,
Afaga essa pequena dor.
Sonhos! São sempre sonhos!...
A dormir ou acordado,
È o voar do pensamento,
Que ao homem lhe é dado,
Com presente do momento.

Carlos Cebolo