No meu irrequieto sonho vejo!
A dormir, parece que estou acordado.
Uma pétala a voar ao sabor do vento,
No seu rodopiar, escreve a palavra beijo.
Um presente na memória guardado,
Lá bem no fundo, no meu pensamento.
A pétala transforma-se em flor,
Uma linda rosa da cor do mar.
Olho para ela e sinto a dor,
Que atormenta o meu sonhar.
A tua ausência recordo então,
Lembrando a inocência perdida,
No momento do encantado condão,
Da varinha da fada querida.
Ilusão!...
Não te vejo deitada ao meu lado.
Vejo no teu lugar, a minha cama vazia,
Nos lençóis o teu cheiro grudado,
Sem o calor que outrora sentia.
Desilusão!
Acordo sem acordar,
No silêncio do meu quarto,
Em cima do velho pechiché,
Vislumbro o teu lindo retrato
E a minha foto, logo ali ao pé.
Recordações!...
Recordo os belos tempos passados,
Teu carinho, teu amor, tua presença,
São momentos que recordo com agrado.
Fazer do amor sentido, uma crença.
Custa-me aceitar a tua partida,
Nego o destino como traçado,
Procuro organizar a minha vida,
Recordando o belo tempo passado.
Sonho triste que me deixa suado.
Acordo com um grande sobressalto,
Vejo-te serena, deitada ao meu lado.
Sossego o meu espírito esgotado.
Carlos Cebolo
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