Na varanda do meu andar,
Vejo triste e fria a Lua surgir,
Procuro seguir o rastro dela,
Juntar a luz ao meu sonhar,
Travar assim o teu fugir.
Peço ajuda à Estrela Polar,
Para iluminar o meu caminho.
Solicito à Lua o seu luar,
A Vénus o seu carinho.
A Lua sobe redonda e fria,
Ignora o meu pedido.
Numa nuvem o luar se perdia,
Escondendo o rastro perdido.
Que culpa tenho eu, Lua!
Por seres assim tão fria?
A culpa não é minha nem tua?!
Iluminas a noite em vez do dia,
Onde o Sol emana calor,
Dando à terra todo o amor.
Pede ao teu Criador mudanças,
Mas não percas a tua cor!
O teu prateado traz-me lembranças,
Que intensificam o meu amor.
Ajuda-me a encontrar o caminho,
Não te escondas atrás das nuvens,
Dá-me também o teu carinho,
Para teres o que não tens.
O calor do meu amor te darei,
Como prémio por ti cedido,
Descobre aquela que sempre amei,
Encontra o meu bem querido.
Carlos Cebolo
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