Não tenho stress de guerra
Não sinto paz nem sossego
Procuro matar a quimera
Que destrói o meu desejo
Ver o meu povo feliz
Sem desigualdades forçadas
Fazer desta terra a meretriz
Esquecer as horas amargas
Vividas em grandes ansiedades
Na terra dos sonhos dourados
Berço de inúmeras beldades
Momentos tristes recordados
Em Angola dos meus amores
De fugas e perigos passados
Lembrando velhos horrores
Armas nas mãos do povo
Exércitos desarmados
Feridas abertas de novo
Rancores e ódios falados
Foi assim os últimos anos
Em Angola dos meus encantos
Sem certezas e desenganos
Com tiros, gritos e prantos
Terror então implantado
Em aldeias, vilas e cidades
Por grupos desalmados
Que só praticavam maldades
Tinham em projecto final
Roubar tudo que desse jeito
Fazer ir para Portugal
Angolanos de pleno direito.
Carlos Cebolo
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