DESFRUTO-TE SEM TE TOCAR
Chama trémula da tua pele que respiro,
Em carícias de doce brisa sempre pura,
Que na ansiedade do meu forte arrepio,
Procuro constantemente na noite escura.
És amor que quero e não posso beijar,
Dona da magia e da minha amargura,
Que saboreio e desfruto sem te tocar,
Com estes lábios ardentes pela secura.
Tua doce voz chama-me na noite calada,
Como flocos de neve de um cristal fino,
Que no meu sonho, te torna mais desejada.
Numa incerteza de um poder que não sinto,
Procuro controlar este sentimento divino,
E ao dizer que não te quero!... Sempre minto.
Carlos Cebolo
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