EMBRIAGUEZ
A alma voa pelo infinito,
Como Fénix renascida,
À procura do seu mito,
No fluir da mente ferida.
Sente um doce desejo
E o corpo dormente,
Pelo odor espalhado pelo chão.
O sabor de um beijo,
Está no néctar presente
E no êxtase da paixão.
Em suspiros surdos,
Na sua eterna inocência,
Provoca delírios rubros,
Com a sua insistência.
É uma embriaguez ardente,
Na ânsia de encontrar o amor,
Que do seu estro consciente,
Se sente todo o fervor.
O desejo de um vulcão ardente,
Numa incógnita ansiedade,
Procura incessantemente,
A doce taça da fertilidade.
Corpo moribundo saciado,
Do divino néctar extraído,
Que nem Baco incontrolado,
No seu jardim florido.
O sentir do toque dos teus seios,
No meu peito humedecido,
Provocam-me devaneios,
No meu corpo adormecido.
Embriaguez!...
Excitação do divino ser,
Na nossa pequenez,
Neste eterno padecer.
Lavra incandescente,
Na tua pele suave e doce,
Faz renascer a semente,
Com se, do fruto fosse.
Carlos Cebolo
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