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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013






MAR DOS SEGREDOS

Este mar que sempre enlouquece,
Água salgada que a vida procura,
Neste tempo de triste lamento,
Grita a dor que não se esquece.
Assim contorna toda esta loucura,
Na harmonia e espaço do pensamento.

Lágrimas salgadas do triste olhar,
Em palavras abandonadas no silêncio,
Dançam saudades do encantamento,
Das lindas musas do imenso mar.
Sons que preenchem todo o vazio,
Nestes tristes e belos momentos.

Na escuridão, o coração voa e espera,
Aguardando pelas horas perdidas,
No seu mar de ondas claras calmas,
Onde o amor sempre desespera.
Com as dores do corpo esquecidas,
Procura encontrar as tristes almas.

Este sonhador que o belo corpo habita,
Acompanha as suas lindas caminhadas,
Nas tristes estradas do bom invento,
Há procura daquilo em que acredita.
Na invenção das felicidades adiadas,
Sempre fica à espera do seu momento.

Segredos na lucidez do sonho realizado,
Em contraste com a realidade vivida,
Neste mar que desagua no momento,
Do sonho que ao acordar, fica acabado.
Uma constante vida paralela vivida,
Do tempo que esqueceu o sentimento.

Lábios mudos sem os ecos da tristeza,
De uma magia poética na sua ilusão,
Vivida em belos sonos sobressaltados,
Dos amores sonhados na incerteza.
São as marcas deixadas no coração,
De quem procura sonhos realizados.

São esmeraldas num rio sem cores,
Flechas de um cupido desastrado,
Em águas cristalinas de forte paixão,
Que fomentam estes tristes amores.
O corpo dorme e descansa sossegado,
Enquanto o espírito reacende o vulcão.

Carlos Cebolo

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