VISÃO DA ALMA
Vejo-te sem te ver,
Sem te conhecer,
Conheço a tua alma como ninguém.
Almas gémeas que em sonhos se unem,
Em volúpias sagradas dos sonhos lidos.
Nossos corpos desconhecidos dormem…
Sem te conhecer,
Conheço-te na essência da alma.
O ser volátil, semelhante ao meu,
Seres superiores que não controlamos,
O verdadeiro eu, em mim;
Em ti escondido;
Que tudo vê e não se vê.
Almas gémeas que se encontram,
Trocando carícias e amor ardente,
Em sonhos paralelos do sono profundo.
Nos meus sonhos!
Sonho contigo amor.
Meus lábios percorrem a tua pele.
Toques sentidos na alma,
Enquanto o corpo dorme.
Desejos ardentes,
Satisfação presente,
Comunhão irreal dos corpos,
Na desconhecida realidade da alma.
O invólucro corpóreo desconhecido,
Do teu corpo perfumado,
Que no virtual te conheço amigo,
É no virtual, amor correspondido,
Que nos sonhos é muito amado.
A visão da alma penetra longe!...
Alcança o que o corpo não pode
E tudo que para lá se esconde,
Com a manto que o cobre.
Mistérios!...
Dogmas que o corpo desconhece
E se deixa iludir.
Sonho e fantasia,
Do corpo que a qualquer momento arrefece,
Acabando com o amor que sentia.
Carlos Cebolo
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