(A)MANDO (D)O TEMPO
Escuto os sons da Natureza,
Esqueço-me de viver!...
Algo me desperta a atenção!...
O renascer do dia na sua clareza,
Está a amanhecer!...
Sai a noite na sua emoção.
Não tarda, o Sol desponta no horizonte.
Abre-se a névoa e o Rei sol aparece.
O calor do meu sangue no seu apelo,
Fez escorrer um suor gélido pela fonte.
Todo o corpo estremece…
De repente, fecha-se o céu,
Abrem-se as nuvens escuras
E lágrimas grossas e constantes,
Formam no horizonte em véu.
O Sol não brilha entre as nuvens…
É a tristeza da Natureza e seus instantes,
Que faz galopar a imagem imaginação.
Lá do alto da cidade,
Olho o mar com emoção.
Ondas revoltas na irmandade
De uma fúria incontrolável,
Mostram o perigo do belo mar.
A chuva pára por uns instantes!...
Águas barrentas da terra arável
Fertilizam o campo no seu amar,
Confirmando um futuro confiante.
Dias de chuva e cinzentos,
Aguçam-me a imaginação
E a fúria ferve em mim.
Lanço no papel os lamentos
De uma vida em sofridão,
Que é libertada por fim.
A Natureza torna-se mística!...
Ânsias levadas pelo vento
No repentino lavar de mãos,
Levam a mensagem característica,
Como um forte lamento,
Em delírios e sonhos vãos.
Águas soltas feito esteiras,
No nascer do dia em confusão,
Abrem-se em novas clareiras,
No já forte alagado chão.
Carlos Cebolo
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