ENTRE A EMOÇÃO E A RAZÃO
A razão de existir no pensamento,
Alegrias e mágoas na alma sentida,
No ganhar ou perder o momento,
De uma vida que se sente perdida.
Águas soltas de nuvem amargurada,
Inundam a face de quem acredita,
No amor ardente na vida desenhada,
Com traços de uma traição maldita.
Emoções fortes que a dor alimenta,
Na recordação do florir primaveril,
Esquecem a razão que se ausenta,
Fugindo daquele emaranhado ardil.
Razão fraca no querer continuar,
Com o rio que sulca a face sem aviso,
Naquele sempre sofrido caminhar.
Emoções que a razão desconhece,
Com a felicidade pedida no sorriso,
Que a mais forte alma estremece.
Alma rasgada no tempo que corre,
Contra o padecer que o corpo corrói,
De um amor que aos poucos morre,
Abrindo uma ferida que sangra e dói.
A forte razão de uma palavra dada,
No sentir dos sentimentos acabados,
Formam o muro na felicidade adiada,
Dos sentimentos outrora guardados.
Carlos Cebolo
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