TU E EU
Abro-me em pétalas de sedução,
Com o teu respirar onde me sinto,
Denso mar em ondas de ousadia.
Prendes-me nesse teu corpo vulcão,
Com teus belos braços feitos cinto
E libertas todo o teu amor em magia.
És alma que habita no meu respirar,
Numa maneira sensual que é só tua,
Onde bebo da fonte em ti perdida.
Sinto o silêncio desse teu eterno mar,
No toque suave, da bela pele pura,
Onde brindo a tua carícia repetida.
Tu e eu, no sentimento de alegria,
No frenesim da nossa criada ilusão,
Onde me sustento como poema lido.
Perco-me sem destino na doce magia,
Do amor que arrebata o meu coração,
No teu corpo quente, a mim servido.
Nos teus gestos, o suspiro do grito,
De animal que se encontra saciado,
Que do meu corpo agora se liberta.
Tu e eu no futuro em que acredito,
Ser eterno neste nosso amor iniciado,
Na felicidade que cremos ser certa.
Tu e eu, presos no choro da madrugada,
Em sons de violino no toque da ternura,
Voamos em poemas com asas de veludo.
Sorrio na presença da ilusão desenhada,
Em teus braços na sensação de frescura,
Desse teu corpo que aos poucos desnudo.
Sinto-me doce brisa no teu corpo salgado,
O odor agridoce em lágrimas de ousadia,
Que saboreio, quando bebo do teu cheiro.
Emoções vividas na fome e sede do pecado,
Onde tu e eu sentimos a frescura da magia,
Fazendo-me um audaz e eterno aventureiro.
Carlos Cebolo
Sem comentários:
Enviar um comentário