FLOR DO TEMPO
Lágrimas salgadas do meu mar,
No calar das palavras, o silêncio,
Das saudades retidas no teu olhar.
Sonhos duma felicidade adiada,
No adeus que leva ao hospício,
De toda a triste alma abandonada.
Brisa num Outono da saudade,
Sentida e vivida na triste ilusão,
Da magia do amor na igualdade.
Ondas rebeldes da revolta mente,
Na luta travada contra a solidão,
Provocam o desgaste que sente.
Na escuridão do momento guardado,
O coração voa na perigosa caminhada,
Ao encontro do seu destino traçado.
Aguarda o momento da hora perdida,
Na lembrança da sua felicidade adiada,
Apressando agora, a hora da despedida.
Foi um livro lido, fechado e esquecido,
No bom tempo do romance passado,
Dando por mal empregue, o tempo ido.
Palavras que turvaram o pensamento,
Do amor que se encontra ultrapassado,
É o lamento perdido na voz do tempo.
Neste meu último olhar na escuridão,
Espero a sombra da lua escura passar,
E deixo para trás espectro da solidão.
Na melodia secreta que forma a paixão,
Sou agora fonte fresca pronta para amar
E vejo-te como folha seca deitada ao chão.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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