Deixem-me só, neste lamento,
Deixado pelo vendaval,
Neste meu triste roseiral.
Deixem-me só, neste tormento.
Deixem-me só, com esta dor,
Para muitos desconhecida,
Na tristeza da alma escondida.
Deixem-me só, neste pavor.
Deixem-me só, colher espinhos,
Da rosa bela que desliza,
Que acaricia como a brisa,
Neste vendaval sem carinho.
Deixem-me só, com esta pena,
Tristes quimeras que a alma implora,
Seco outono da verde flora,
De uma vida que foi serena.
Deixem-me só, com o sofrimento,
Com esta juventude perdida,
Num tempo sem tempo de vida.
Deixem-me só, no meu lamento.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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