FRIO ETERNO
Medonho encanto onde as sombras murmuram,
Naquele desterro de estrema saudade,
Na incógnita que traça a realidade,
De uma vida, onde as vidas não perduram.
Há flores murchas naquele curso sem sol,
Primaveras tristes que não sucedem,
Nos jardins sem encanto no fim do Éden,
Nos jardins sem encanto no fim do Éden,
As tristes almas, envoltas no lençol.
Sempre um cinzento tédio, noite inteira,
Penumbra de um côncavo lamentoso,
Essa vida eterna, não verdadeira.
Promessa de habitar a claridade,
Dogma que se prevê ser duvidoso,
Crê o ser, encontrar a eternidade.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário