INFERNO
Chão pátrio que albergas os filhos teus,
Nesta orla duma Europa tresmalhada,
Na mendicidade dos sonhos meus,
Também sente a dor de terra queimada.
No tormento inútil da salvação,
Reza essa maldade de quem a tem,
Esse fogo posto de perdição,
Na ganância de alguns, se faz refém.
Queima-se apenas por querer queimar,
Na cortina de fumo que se adensa,
O delírio que a vil mente quer dar,
Afogando o belo, na triste crença.
O porquê dessa tão grande maldade,
Sem se compreender qualquer benefício,
Nem ser culto de qualquer irmandade,
Que impõe à terra o triste sacrifício?
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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