OCASO DA VIDA
Entra a noite na sua alvorada,
E com ela, o silêncio aparece,
Trazendo a nostalgia esperada,
Onde o medo também acontece.
Seria a hora do recolher,
Se toda a vida fosse normal.
Na solidão deste padecer,
A tristeza não é irreal.
Tremendo medo de ficar só,
O castigo por querer viver
Para além da vida, mete dó,
A quem por cá, fica a padecer.
Não se escolhe a hora pra morrer,
Nem o dia pra a vida deixar,
No saber da idade, o seu perder
Sem pensar por cá, querer ficar.
E assim, aparece a solidão,
Surgida nesse ocaso da vida,
Entre o delírio de um coração,
Que ao corpo, pregou sua partida.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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