CARÍCIAS MUDAS
Toco a poesia, cantando todos os amores,
Abrem-se os sonhos das vidas que se fazem tristes
E por fim, o âmago da tristeza também senti.
Paixão entre desejos que explodem odores,
Nas carícias mudas que na imaginação sentistes,
Espalhadas pelos recantos da tua pele que feri.
Sem regras,
naquele pincelar de aguarelas
Tatuadas num voar
inconstante e frágil
Que ofuscou o veludo do teu olhar,
As lembranças da paixão ficaram ainda mais singelas
E o amor formou e teceu o seu doce ardil,
Por onde passei e fiquei no meu sonhar.
Naquela imaginação dançante dos dedos,
Que do infinito procura sentir a ansiedade,
Provocam arrepios na memória dos dias perdidos.
Percorrendo o mundo das lembranças onde a vida se
consome,
Ferem-se os lábios secos e saudosos na procura do reviver
Aquele breve amor, apenas sentido onde o sonho dorme
Com aquela incerteza que a faz, pouco a pouco esmorecer.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário