JULGO QUE MENTE
No fazer crer, a irrealidade,
Dizendo seres a mais formosa,
Que o dia e a própria claridade,
É uma mentira piedosa,
De quem assim fere e não sente,
Sempre julgo que agora mente.
Mentira que de si saiu,
Que por amor eu aceitei,
Promessa que não se cumpriu,
Tantas vezes que lhe perdoei,
Sem falar no que se consente,
Assim direi que sempre mente.
Ser sempre má, a vil mentira,
Que em tudo te consentiria,
E em ser feliz se retira,
Tudo o mais que me desfaria,
Deixando de ficar contente,
Cuidando que sempre me mente.
Aceito o vosso prometer,
No amor que agora padeceu,
Tudo isso que se quer dizer,
Aumenta a dor de quem sofreu,
Na mentira que agora sente,
Sempre que num amor se mente.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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