MEU PAI
Em pequeno, muito brincava e muito me distraía,
Era tão gostoso ver meu pai na labuta da vida,
Aquela imagem forte sempre com algo para fazer,
Sempre com um sorriso, mesmo não tendo o que merecia,
Ou a vida lhe pregava a mais impensável partida,
Vivia mostrando felicidade, estando a sofrer.
Com sua partida, meu pai tornou-se para mim, a lenda,
Seu carro velho, ele fazia funcionar como um relógio,
No desassossego da vida, mostrava serenidade
E para ajudar, trazia consigo uma chave de fenda,
Fazendo do trabalho, o seu mais precioso refúgio,
Tratando todo o mundo sempre com imparcialidade.
Meu pai lutou contra o preconceito da raça e da cor,
Procurou sempre soluções na adversidade da vida,
Na dificuldade da vida, procurou abrir o véu,
Na escuridão, mostrou claridade, transportando amor,
Fez da disciplina bandeira, preparando a sua partida,
Partindo à minha frente, para guardar o lugar no céu.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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