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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

sexta-feira, 3 de março de 2017


DEIXADAS NA SOLIDÃO

Mortalhas vivas de uma viuvez sentida,
Noivas distantes na sua plenitude,
Choram a vida agarradas à lembrança
Daquele murchar floral sentido à partida,
Que leva com ele, toda a juventude
E sonhos repartidos nessa mudança.

Repicam os sinos para além deste Mundo,
De um dever imposto à triste condição,
Nessa cegueira dita que se consente,
Não haver outro dever assim profundo,
Que leve os mancebos naquela ilusão,
De uma contra-dança que a própria alma sente.

Na distância, fica a noiva na viuvez,
Gemer por ter de viver na solidão,
Desse claustro heróico à força, assim imposto.
No tédio, a jovem e casta mulher perde a vez.
Dessa vida que não passou de ilusão,
De um noivado que só lhe trouxe desgosto.

Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/



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