SEM AFIRMAÇÃO
As vezes penso que perdi o jeito de escrever,
Jogo e arrumo as palavras soltas em pedaços meus,
Nas entrelinhas sobrantes da vida a renascer,
Com essa imperfeição de quem sou, libertando adeus
Na procura constante poética da fantasia,
Perco minhas memórias em outrora madrugadas,
Na espera dolorosa nem sempre com simpatia,
De quem estuda e lê estas bagunças desesperadas.
Sentimentos juntam-se e desabam dentro de mim,
Sempre com o medo solto rolando por entre abismo,
No formar de sombras obscuras que procuram seu fim,
Lançando no espaço e no tempo todo aquele cinismo.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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