FOLHAS CAÍDAS
04/05/2012
Folhas secas levadas pelo vento,
Deixam as árvores despidas.
Ventos fortes provocam lamentos,
No inverno das nossas vidas.
Vejo o teu olhar inquieto,
Sinto um desassossego desesperado,
Nestas noites frias de primavera.
Sem o calor do seu corpo amado,
Pelo qual a minha alma desespera,
Sinto o ardente desejo adiado.
Esta incompreensão de amor sofrido,
Que acalenta a esperança na felicidade,
De um amor forte e renascido,
Na injustificação do avanço da idade.
Jovens amantes separados na intimidade,
Mostram um desconforto aparente,
De um amor vivido sem intensidade,
Que o próprio cupido não consente.
O amor não tem idade!
O cupido lança a flecha do amor,
Levando com ela a felicidade,
Atingindo os corações sem causar dor,
Independentemente da sua idade.
Este desaconchego que sinto presente,
Esta falta do teu esperado carinho,
Provoca-me um desconforto que se sente,
Numa ausência do nosso ninho.
De manhã, ao acordar do sono nocturno,
Deparo com a cama vazia e fria,
No lado contrário ao que durmo,
Com a ausência que não merecia.
O inverno do teu amor adormecido,
Tarda em encontrar a primavera,
Com novas folhas do rebento nascido,
Florescendo o amor que se espera.
Carlos Cebolo
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