A N G O L A
03/05/2012
És o astro incandescente que tudo cria,
Perturbação do meu constante sonhar,
O Sol da minha eterna existência,
Que ficou para além do imerso mar.
Teu fogo quente que eu não merecia,
Será para todo o sempre recordado,
Como fonte da boa e rica consciência.
Tenho tantas saudades!...
Sufoco com as tuas lembranças,
Sem compreender as falsidades,
Mantendo intactas as esperanças.
Neste novo Mundo renascer,
Mantendo viva a pobre alma,
E o desejo incontrolável de te ver
Florescer na impressionante calma.
Nas minhas veias, a tua seiva corre;
Respiro constantemente o odor teu.
A tua terra vermelha que não morre,
No sítio onde ela se escondeu.
Sempre que me lembro do passado,
Fico triste.
No meu sangue trago Angola infiltrada;
E tudo o que penso, ou deixo de pensar,
Leva-me a lembrança para a terra amada.
O sabor seco daquela terra vermelha,
Aquele calor que nos faz transpirar,
Não há nada que lhe assemelha,
E outra terra não posso amar.
Lindas noites de intenso luar,
Vividas na juventude perdida,
Com inúmeras praias de encantar
Faz de ti a minha terra querida.
Carlos Cebolo
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