ESSÊNCIA
10/10/2012
Meu doce oceano quente e pardacento,
Onde mergulhei minha mágoa triste,
Na magia do teu confortante lamento.
Sou alma errante e despida nesta solidão,
Na triste melodia do silêncio que persiste,
Em manter este malfadado sentimento,
Que desnuda qualquer outra ocasião.
Tua essência perfumada e penetrante,
Que à noite despe-se em brisa suave,
Tornando-se desafio constante,
No gracioso voo da bela ave.
Meu sonho em primoroso desafio,
Que do teu amor se sente ausente,
Dum fogo que se torna frio,
E que todo o meu corpo sente.
No teu pouco, procuro o consenso,
De uma bela constelação,
Entre a luz da lua prateada
E a luz de um pau de incenso,
Encontrar uma forte ligação,
Nesta triste vida adiada.
Foges da minha linha de visão,
Como o orvalho foge à luz do sol,
Nas primeiras horas da madrugada.
A ilusão prendeu este pobre coração,
Como um peixe preso na ponta de um anzol,
Mergulhado neste oceano do quase nada.
Continuo a escrever para ti,
Mulher de muitos rostos,
Mostro-te que de amor não morri,
Por amar diferentes gostos.
Tua ausência na visão do paraíso,
Mostra(me) a leveza do beija-flor,
No encanto do teu doce sorriso,
E afasta (te) o meu amor.
Carlos Cebolo
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