O SABOR DA ALMA
19/10/2012
O sabor das madrugadas caídas,
Os segredos das despedidas!...
Mostram o que na realidade és:
És brisa que acaricio,
Trovão do prazer no som da alegria;
És o meu constante desafio,
Aroma fresco no meu anoitecer,
Com o teu toque de magia,
Que me desperta ao amanhecer.
És terra, mar, doçura,
Instinto felino,
Que promoves a loucura,
No grande amor latino.
Respiro-te!...
Embalo-me nos sentidos da mente,
Entre algas perfumadas,
No teu mar de líquido quente,
Com brisas alteradas.
Espero-te!...
Nas palavras misteriosas que prenuncias,
Sinto o deslizar dos teus dedos em carícias,
Sobre a minha pele tremula de emoção
E oiço o teu grito ardente de paixão.
Chamas-me!...
Nesta viagem sem retorno e em delírio,
Navego no teu salgado mar,
Procurando nele poder acabar,
Com todo o meu triste martírio.
Quero-te!...
Bebo dos teus lábios o doce mel,
De prazeres misturados com fel,
Dum passado ainda presente,
Que o triste coração sente.
Entre caminhos perdidos,
Nesta loucura em que entramos,
Com belos prazeres oferecidos,
No local onde nos amamos.
Oiço-te!...
Os teus dedos cantam incessantes,
Os gritos silenciosos do desejo,
No som dos movimentos constantes,
Que culminam com um doce beijo.
Carlos Cebolo
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