APENAS SONHO
Minha alma madruga só!
O corpo permanece ainda adormecido,
Entre os lençóis esquecido,
Num gemer que mete dó,
Na lembrança do pensamento escondido.
Lembrança do que foi meu,
Entre delírios deste meu desconforto,
Daquele passado já morto,
Recorda esse beijo teu
Que nunca foi dado, nem sequer suposto.
Mas no sonho foi assim!...
Tão gostoso como se fosse verdade,
Sentido nessa igualdade
No querer, ser igual a mim,
No fervor da já passada mocidade.
Carlos Cebolo
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