TEMPO SEM CULPA
Não foi esse tempo que me mentiu,
Da vida, esperei o que não me dava,
Construí o castelo que depois ruiu,
Naquela paisagem que deslumbrava.
Como sonhador, procurei esquecer,
Acolhendo outro amor que foi surgindo
E sem ter outra razão para viver,
Sofro deste amor que me vai fugindo.
Na tortura que minha alma criou,
Aprofundando essa sua demência,
Criou o frio que depois a gelou.
E ninguém sabe o que sinto e o que sou,
Na madrugada da minha consciência,
Por onde esta dor indiferente entrou.
Carlos Cebolo
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