PONTES
No suspiro da noite,
O vento da essência
Leva-te um beijo meu
E traga até mim
Essa tua inocência.
Sem pressa vai devagar,
Este meu chamamento
Que se encontra com o teu,
Entre as flores deste jardim,
Acolhendo o sentimento.
O que sei eu desta vida?
Constrói-se castelos
Na ideia consentida
E a tormenta começa
Onde o sonho acaba.
São pontes levadiças,
Nesta junção do tempo,
Onde o amor desemboca
Com todo o seu desejo,
Levando até ti um beijo.
E nem tudo é eterno,
Calam-se as vozes do além,
E porque não sou ninguém,
Lágrimas soltas ao vento,
Bebo do cálice que venero.
Carlos Cebolo
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