SÃ AMIZADE
Andorinha do meu beiral,
Que sorte me queres trazer?
Canta o melro no quintal,
Com a luz do Sol a nascer.
Traz-me a tua amizade,
Bela ave da primavera,
Mostra-nos a liberdade,
No futuro que se espera.
O pardal perdeu o pio,
Na solidão do seu voar.
Á noite treme com frio,
Sem amigo para o acoitar.
Sã amizade procura ter,
Límpida como a fresca água,
Quem teu amigo procura ser,
Afagando as tuas mágoas.
A amizade não se procura,
Cultiva-se com muito amor.
Rejeita-la será uma loucura,
Que se paga com muita dor.
O cuco solitário coitado,
Não tem ninho onde ficar,
Sempre foi um desgraçado,
Que apenas vive a enganar.
Sem uma amizade presente,
È o velho cuco amaldiçoado,
Sem ninho que o esquente,
Vive toda a vida desgarrado.
O meu cão é meu amigo,
A minha gata confidente;
No teu coração me abrigo,
Com a amizade que se sente.
Pintassilgo com as cores alegres,
Teu chilrear é de grande magia,
Do Rouxinol não há quem negue,
Ter um cantar de muita alegria.
Aprender com os seres da Natureza,
A pura amizade que nos oferecem,
Com os animais tenho a certeza,
De ter amigos que não nos esquecem.
Carlos Cebolo
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