ORÁCULO
Sons suaves que entram em mim,
São anúncios da tristeza sem fim.
Flauta falante da perturbada alma,
Que o passar do tempo não acalma.
Justiça divina que o corpo aguenta,
Com a triste vida que o alimenta.
A alma chora em constante desatino,
Um destino traçado desde menino.
Sofrimento de dor de quem quer amar,
Com um coração que só sabe chorar.
Pronuncio do oráculo da ilha deserta,
Na consulta feita na palma da mão,
Pela linda cigana que em tudo acerta,
Menos nas dores sofridas do coração.
Com o seu corpo, abriu o encantamento,
Na promessa do amor puro e ardente,
Que a visão da alma previu o momento,
No seu fixar do olhar e rosto sorridente.
Engano do corpo no sentir da mente,
Com gestos falantes no colorir da alma,
Que a tela da vida desenhou rapidamente.
História sentida e vivida na amizade,
Do amor secreto que o espírito acalma,
Com o passar do tempo e a realidade.
Carlos Cebolo
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