SOLIDÃO
Nesta vida triste, parada no nada,
Um invólucro sem sal e pimenta,
Na presença de uma vida adiada,
Lembra a velhice que não tarda.
Uma juventude que se ausenta,
Como forma de despedida,
Mostra todo este envelhecer,
De uma alma triste a padecer.
Pensamentos levados pelo tempo,
Por ventos de mudança repentina,
Na metamorfose do contratempo,
Traçado à nascença e pela sina.
Na triste vida que se sente,
Com o perder da fresca mente,
Acentua toda aquela solidão,
Sentida na rude estagnação.
Sentido presente no triste sentir,
De um corpo pronto a envelhecer,
Com sinais do tempo a emergir,
Nos dias que passam a correr.
Ressoa na vida a triste solidão,
Com ideias passadas pela mente,
Sente-se a tristeza no coração,
Com toda a felicidade ausente.
Solidão sentida no corpo e alma,
Da amizade deixada no passado,
Com a vida aparentemente calma,
Nas lembranças do amigo amado.
Triste sina destes sinais do tempo,
Com todo o afecto agora ausente,
Na tristeza desse contratempo,
Criado com a velhice presente.
Sentidos trocados em movimento,
Sempre com pesadelos na mente,
De uma agonia que agora sente,
Com a falta do familiar ausente.
Carlos Cebolo
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