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Tudo o que quero e não posso, tudo o que posso mas não devo, tudo o que devo mas receio. Queria mudar o Mundo, acabar com a fome, com a tristeza, com a maldade.Promover o bem, a harmonia, intensificar o AMOR. Tudo o que quero mas não posso. Romper com o passado porque ele existe, acabar com o medo porque ele existe, promover o futuro que é incerto.Dar vivas ao AMOR. A frustração de querer e não poder!...Quando tudo parece mostrar que é possível fazer voar o sonho!...Quando o sonho se torna pesadelo!...O melhor é tapar os olhos e não ver; fechar os ouvidos e não ouvir;impedir o pensamento de fluir. Enfim; ser sensato e cair na realidade da vida, mas ficar com a agradável consciência que o sonho poderia ser maravilhoso!...

terça-feira, 24 de setembro de 2013


REGRESSO AO PASSADO

Sonhei que era criança,
Alegremente corria pelo sertão,
Entre cubatas feitas de nada.
Corria com toda a confiança,
Pela terra vermelha daquele cantão,
Linda terra por Deus abençoada.

Entre montes e serras em desalinho,
Brincando e cantando entre a poeira,
Com os companheiros da minha infância.
Um pau entre as pernas, fazia de cavalinho,
Pulava e corria sempre na brincadeira,
Tendo nos amigos, inteira confiança.

Cresci assim, na simplicidade da vida,
Levava no pescoço a fisga pendurada,
Os bolsos cheios de arredondadas pedrinhas
E no coração a verdadeira amizade sentida.
Com a atenção necessária à grande caçada,
Caminhava entre arbustos de folhas verdinhas.

Amigos de infância, com a pele de outra cor,
Companheiros da minha passada juventude,
Caminhávamos lado a lado sem distinção,
Por caminhos de terra vermelha com amor.
Crescemos juntos, com a mesma atitude,
Angolanos de nascimento como condição.

Já crescidos, mantivemos a nossa amizade,
De amigos e irmãos nascidos naquela terra.
Aquele povo humilde a quem dava a mão,
Sempre que sentisse alguma dificuldade,
Até ter aparecido nas nossas vidas a guerra,
Que talhou lamentos e fissuras na bela união.

Hoje, ainda pergunto ao senhor do tempo,
Pelo irmão que comigo cresceu e viveu.
O tempo responde-me com um lamento,
Entre o compasso do tempo e contratempo,
Que o meu amigo de infância já morreu,
Levando a nossa infância no pensamento.

Carlos Cebolo





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