DESEJO -TE
À noite serei eu vampiro,
Não de sangue que me entristece,
Mas do teu sabor que respiro
E dos versos que a mente tece.
Por entre os teus lençóis de linho,
Deslizar suave o pensamento,
Tecelão do seu próprio ninho,
No bater da aurora, o momento.
Bater à porta da aventura,
Num beijo do teu lábio ardente,
Antes que chegue a sepultura,
Do amor que o corpo ainda sente.
E depois da noite alcançada,
Teus olhos meigos de fadiga,
Deixam-te ainda desejada.
Esse teu corpo perfumado,
Sedosa pele de rapariga,
Que intensifica o meu pecado.
Serei vampiro desse amor,
Com o nosso beijo selado,
Fica o segredo do fervor,
Nos lençóis de linho, bordado.
Na nossa união passageira,
Liberta-se o odor do prazer,
Com esta aventura ligeira
Acabar com meu padecer.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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