NADA É IGUAL
Naquela terra selvagem,
Onde nasci,
O arco-íris de mil cores,
Doce aragem,
Todo aquele amor que senti
Nos seus odores.
Colher um cacho de dendém,
Banana pão,
O peixe seco posto ao lume
Como convém,
Por paragens daquele sertão,
Uso e costume.
Lá conheci o meu amor,
Gémea de mim,
Também outras tantas consortes,
Com a mesma dor,
Pisaram o mesmo capim,
Com seus filhotes.
Lugar encantado de luz,
O livre amor
Que esperei e sentir de ti,
A minha cruz,
Com esta inesquecível dor,
Também senti.
E senti todo aquele encanto,
A liberdade,
Uma esperança sempre presente,
Naquele recanto,
Com a promoção da igualdade,
Que o corpo sente.
Futuro traçado com dor,
Sem alegria,
Com esta luta desigual,
Ficou o amor,
Traçado naquela magia.
Nada é igual…
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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