ESCALADA
Por entre os juncais e o rio,
Encobre a lua seu luar.
Esse seu correr vazio,
Sem seu amor encontrar,
Acompanha o vento frio.
Roda a bola velha esp’rança,
Dum desejo já tardio,
Entre as mãos duma criança
Que perdeu o desafio,
A glória que não alcança.
E esta escalada da vida,
Passo a passo o encantamento,
Que nesta escrita é sentida,
Entre poemas do momento,
A escalada prometida.
E assim toca o coração,
De quem lê esta magia,
A varinha de condão
Na tristeza da poesia,
O valor que a ela, dão.
Intensifica o fervor,
Na distância que separa,
O poeta da sua dor,
Por entre o fingir que o apara,
Da dor que traduz amor.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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