INSÓNIA
Se não durmo, também não quero dormir,
Um bocejo inútil na dor da insónia,
Tempo morto na madrugada a surgir,
O acordar dum corpo em estado de invernia.
E por vezes, assim me sinto acordado,
Como folha de papel deitada ao vento,
Adaga partida na mão do soldado,
O último elo dum grande regimento.
Quando acordo, deixo de poder sonhar,
Não deixo descansar a mente dorida,
Com a insónia que apenas me faz acordar.
Meu sentimento é pensamento vazio,
No valor da alma que se encontra apreendida,
Num corpo que de repente fica frio.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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