LUAR TARDIO
Haste murcha duma vida,
Deixou de ser divertida,
Sem a visão do seu luar,
Naquele sonho de encantar.
Doce pomba enamorada,
Rasga minha infância atada,
Estende as asas em mim,
Que o dia não tenha fim.
Assim morre os meus sonhos,
Pensamentos medonhos,
Entre mágoas antigas,
Formando-se cantigas.
Na vontade de ser teu,
Foi fogo que não ardeu,
No fugir da ocasião,
Fechou o teu coração.
E ninguém o abriu em vão,
Ouvindo-o em confissão,
Reacendendo a velha chama,
Partilhando a mesma cama.
Pudesse eu assim fazer,
Ao sentir o teu querer,
Num amor que não perdeu,
A esperança que não morreu.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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