MEMÓRIA
Por vezes, sinto-me nu na escuridão,
Não me lembro do correr límpido do rio,
Da primavera, verão, inverno frio,
Nem do som suave do vento no sertão.
Por vezes não me lembro da cor do chão,
Não me lembro da cor das ondas do mar,
Da conjugação do lindo verbo amar,
De como é bom, não ter de pedir perdão.
Por vezes não me lembro do teu degredo,
Daquele belo sabor do teu doce beijo,
De querer e sentir um forte desejo.
Por vezes não me lembro do meu segredo,
Não me lembro de alguma vez ter certeza,
De um dia ter tocado a tua beleza.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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