REFLECTIDO OLHAR
Na linha ténue de partida,
No limiar que não é meu,
Deixo reflectir meu olhar
E esboço uma despedida,
Relembrando o que se perdeu,
Sem poder deixar de notar,
A luz suave daquele cantão
Que abraçou o meu coração.
E por entre os campos sem fim,
Sinto correr o suave vento,
Ou aquela dor que consinto,
Deixar ficar dentro de mim,
Com o incessante lamento,
Do correr da angustia que sinto,
Apertar o meu coração,
Na lembrança daquele cantão.
Numa objectiva universal,
Com ideais de sonhos perdidos,
Penso ainda, não ser verdade,
Aquele passado que foi real,
Com os seus desejos escondidos,
Ser hoje a grande realidade,
Daquele belo e doce cantão,
Onde ficou o coração.
Carlos Cebolo
carlosacebolo.blogspot.com/
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