ESPERANÇA PERDIDA
26/06/2012
Esperança Perdida,
Dum tempo passado distante,
Lapidado como o diamante,
Sem o brilho da despedida,
Seguiu o povo adiante.
Corre o vento sem leme,
O meu coração grita
Pela vida que acredita.
O futuro que não teme
E o passado não se evita.
Ouve-se o murmúrio do mar,
Ouve-se o som da solidão;
Medita-se com grande emoção,
Conjuga-se o verbo amar,
Procurando outra solução.
Pétalas de amores ausentes,
Num mundo de fantasia,
A dor que não se sentia.
Recordações sempre presentes,
O destino que não se merecia.
Futuro a que fui condenado,
Como castigo severo;
Compensação ainda espero,
Do património lá deixado,
Em tempo desordenado.
Esperança perdida sentida,
Na dor dos que padeceram,
Nas vidas que se perderam.
Esperança mais que sentida,
Daqueles que por lá andaram.
Nosso destino triste e cruel,
Leva o vento, o lamento,
Daquele triste momento,
Traçado em folha de papel,
Sem o nosso consentimento.
Carlos Cebolo
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